Volkswagen inicia o desenvolvimento dos primeiros produtos Hybrid Flex, diz CEO
Volkswagen já trabalha em seu primeiro Hybrid Flex que será produzido na América do Sul e pode ser um membro da linha MQB-A0; estreia em alguns anos
A Volkswagen parece que já trabalha na sua eletrificação no
mercado sul-americano. Além dos produtos que serão importados, a alemã já
trabalha com a sua engenharia para transformar a linha produzida aqui no Brasil
e na Argentina com motores híbridos. Depois de encerrar seu ciclo de
investimento, a Volkswagen já foca em um novo ciclo que será anunciado em breve
para a América do Sul, com a chegada de novos produtos e de novos motores,
especialmente o Hybrid Flex, que nos interessa.
Em entrevista ao Automotive Business, a Volkswagen também
busca em uma redução de custos em um novo processo com a linha MQB-A0. "Durante
a pandemia, vimos os custos de materiais subirem no mundo todo, o que elevou em
40% os nossos gastos com matérias-primas e componentes. Agora, iniciamos a
corrida para a redução desses custos", disse o Vice-Presidente de Compras da
Volkswagen, Luis Alvarez. Esse novo corte de custos virá com a cadeia de
suprimentos da marca e seus fornecedores. De acordo com Alexander Seitz, CEO da
Volkswagen Brasil e Presidente da marca na América do Sul, será necessário
produzir novos componentes na região.
A chegada dos híbridos vai exigir isso dos fornecedores, que ainda está em fase de desenvolvimento. "Os planos envolvem, primeiro, a discussão da nacionalização. Precisamos aumentar a localização. Porque a VW tem plataformas globais que precisam de escala para evitar custo logístico, custo com importação", disse Seitz ao site. O processo de nacionalização dos veículos eletrificados que a Volkswagen pretende fazer aqui inclui motores elétricos, baterias e integração de sistemas de powertrain. Em 2022, os primeiros movimentos indicaram R$ 10 bilhões em compras na região para o início desse processo de eletrificação.
Os investimentos continuaram em 2023 e deve continuar neste e nos próximos anos, até o lançamento dos primeiros veículos com essa mecânica. "Esperamos ele [modelo híbrido] para o médio-prazo. Mas este tempo é tempo demais para mim", disse Saitz. Aqui a Volkswagen não fala como será o seu sistema híbrido, se é uma aposta simples no híbrido-leve de 48V (MHEV) ou apostando em sistemas mais modernos como híbridos (HEV) ou híbridos plug-in (PHEV). Com investimento de R$ 7 bilhões no ciclo de investimentos que se encerra em 2026, a marca tem mais algum tempo para desenvolver o que pretende apresentar ao consumidor.
Com o apoio da Skoda no desenvolvimento dos motores híbridos para mercados emergentes, os novos motores também serão usados pela operação da Volkswagen Group na Índia e no Sudeste Asiático. Para isso, a plataforma MQB-A0 deve receber atualizações para receber as novidades. Atualmente a base é usada no Polo, Virtus, Nivus e T-Cross, mas deve ganhar a companhia de duas novidades: uma picape intermediária e um novo SUV subcompacto, posicionado abaixo do Nivus. Sabe-se apenas que a operação da Volkswagen na América do Sul não passará por profundas reestruturações, como deve acontecer na Europa.
Aqui, o lançamento dessa nova linha de compactos já foi a reestruturação local. "Se já atendemos aos objetivos que foram estabelecidos, não é preciso um esforço adicional. Depois da reestruturação da empresa, já estamos positivos [reverteram o prejuízo] nos últimos três anos e estamos em um bom caminho. Claro, o mercado da América do Sul é muito volátil, existe uma crise na Argentina que influência aqui no Brasil, mas não vemos como algo que pode nos inserir em uma nessa estratégia global", finalizou Seitz. Já os primeiros modelos híbridos podem ser revelados entre o final de 2025 e o ano de 2026.
Fotos: Volkswagen / divulgação
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