GWM confirma produção nacional de elétricos em meados de 2026, diz executivo

GWM estuda a produção nacional de elétricos a partir de 2026 na fábrica de Iracemápolis (SP), mas já deixa claro que vai estudar todo caso



A Great Wall Motors (GWM), desde que comprou a fábrica de Iracemápolis (SP) da Mercedes-Benz, confirmou que produziria vários produtos na unidade dentro de alguns anos. Apesar disso, foi confirmado que a produção começa com produtos híbridos, mas também não descarta a produção de elétricos. Durante entrevista, a GWM confirmou que pretende tornar os híbridos biocombustíveis e estuda até mesmo o desenvolvimento de veículos com células de combustível a hidrogênio no país. O que a chinesa sabe que não investirá no país são modelos a combustão.

"O diesel não tem mais investimento global em novas tecnologias de motorização. É um ciclo que está se encerrando, e no Brasil ainda, apesar de ser uma tecnologia que está começando a ficar com fábricas ociosas pelo mundo, você manda motorização a diesel importada para o Brasil. A gente fica discutindo aqui taxar carros elétricos e nós estamos importando motor diesel em várias marcas, inclusive veículos que são usados para passeio. A GWM quer dar a escolha para o mercado consumidor, para a sociedade brasileira fazer a sua descarbonização, seja híbrido, seja elétrico, seja célula de combustível", disse Oswaldo Ramos, COO da GWM Brasil, em evento.

No mercado nacional, a empresa confirmou que a produção começa com veículos híbridos plug-in (PHEV) e a produção de elétricos (BEV) deve se tornar mais viável no final de 2025, quando este tipo de veículo já responderá por 5% das vendas totais do país. Ano passado, esse Market Share era de apenas 1,7% de mercado. "Hoje estamos em 1,7% de Market Share com os veículos PHEV + BEV. A gente enxerga que lá para 2025 essa curva vai disparar. Então nós temos 2 anos para preparar a indústria brasileira, para preparar a infraestrutura porque vai vir e quem não investir, a partir de 2026, desaparece do mercado.”, disse Ramos.

“Foi assim que aconteceu nos países da Ásia, Europa e Estados Unidos quando houve essa corrida pela eletrificação. Marca que não acompanha não consegue nem captar dinheiro no mercado financeiro porque fica totalmente desacreditada, inclusive no valor das ações da empresa", adiciona em entrevista ao Motor1 Brasil. A chinesa também confirmou que se faz necessário investimentos na infraestrutura para veículos eletrificados e que todo produto que for produzido em Iracemápolis terá um estudo de cada caso, em sua estratégia industrial nacional. E isso pode beneficiar a produção da Ora no país no futuro.

"Quem não tem investimento previsto ou não vai trazer novas tecnologias, não adianta espernear. O consumidor vai comprar nova tecnologia, alguém vai investir, porque o consumidor quer, o mercado tá gritando. O Brasil sim, vai entrar nessa nova era de eletrificação, conectividade e segurança com direção semi-autônoma", concluiu Ramos. Sabe-se que a produção deve começar com o Haval H6, um híbrido (HEV) e PHEV, que abre o caminho da fabricação nacional. Isso pode acontecer entre este ano e o primeiro semestre de 2025.



Fotos: GWM Ora / divulgação

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