Koenigsegg apresenta a versão de produção do Gemera com motor híbrido de até 2.332cv

Koenigsegg apresenta a versão de produção do Gemera, mas cupê ganha uma opção de motor 5.0 V8 híbrido de 2.332cv aos consumidores mais puristas 



A Koenigsegg apresentou oficialmente a versão de produção do Gemera, depois da marca sueca ter apresentado o protótipo em 2020. Agora, o cupê aparece com sua versão de produção e está pronto para começar a ser produzido e entregue aos seus primeiros donos. O superesportivo sueco aparece basicamente igual ao modelo conceitual, mas com a diferença de que agora o modelo passa a contar com uma opção de motor 5.0 V8 – isso porque ele foi apresentado como conceito com um motor 2.0 12v Turbo com tecnologia FreeValve.

"Estamos entusiasmados em inaugurar o Gripen Atelier e anunciar o lançamento do Client Specification Gemera, um Megacar verdadeiramente inovador. Ostentando inúmeras atualizações e melhorias emocionantes em relação às versões pré-série, o Client Specification Gemera define novos padrões para a indústria.", disse Christian von Koenigsegg, Fundador e CEO da Koenigsegg. Em termos de design, o Gemera aparece muito fiel ao conceito. Ele possui faróis afilados e horizontais com três barras verticais com luzes diurnas (DRL) em LED e dois projetores em LED, acompanhado de uma pequena entrada de ar inferior.

A dianteira do esportivo conta com um para-choque dianteiro com uma ampla entrada de ar inferior com grelha em preto brilhante, em colmeia. A grade está presente em toda a parte inferior do modelo e logo acima ele possui um vinco em ‘U’ que se conecta também com os faróis e termina na parte interna dos faróis. Há uma pequena entrada de ar inferior trapezoidal e a parte inferior do para-choque possui um splitter com acabamento em fibra de carbono. No lado direito da grade, ele possui um gancho de reboque e há um acabamento em preto brilhante une a entrada de ar inferior, as entradas de ar que atravessam toda a dianteira com o splitter.



Há um acabamento em preto brilhante fino e vertical que termina quando chega no capô. No capô, ele possui uma saída de ar próxima do capô em ‘U’ e um par de vincos que nascem no para-choque e terminam próximo do para-brisa, passando pelas extremidades do capô. Nas extremidades, ele possui para-lamas altos que deixam o design dele bem musculoso. De perfil, o cupê possui uma coluna A bem inclinada e o para-brisa se conecta com os vidros laterais, terminando na coluna C com um acabamento em preto brilhante, onde existe uma pequena entrada de ar.

Falando no para-brisa, ele possui um limpador central único que faz a função que é duplo em outros modelos. De perfil, o Gemera possui um caimento de teto muito suave, enquanto as linhas musculosas do para-lama dianteiro ajudam a definir o desenho das laterais. Há um vinco e uma ondulação na parte inferior das portas que cresce e dá vida a entrada de ar que fica localizada no para-lama traseiro e um outro vinco que nasce na parte traseira, logo abaixo do vidro lateral, que termina na coluna C e abre uma nova entrada de ar.

Há uma grande porta única que se abre estilo tesoura que dá acesso para a primeira e a segunda fila de bancos. Isso porque a Koenigsegg desenvolveu o Gemera como um ‘Megacar’ de quatro lugares, sendo o único superesportivo com essa capacidade. As portas abrem via botão e os retrovisores tem base nas portas, com uma haste que os deixam em posição mais larga. Na porta, ele também possui o nome Gemera, enquanto as saias laterais são em fibra de carbono e próximo das rodas traseiras possuem apêndices aerodinâmicos nas saias que ajudam no fluxo de ar.



Por fim, ele possui rodas de cinco raios chamadas de Aircore Carbon de quarta geração com opções de rodas de alumínio. No teto, o Gemera possui uma parte central com um vidro longitudinal. Na traseira, o Gemera possui no lugar de onde seria o vidro traseiro uma saída de ar e as saídas de escape prateadas, inseridas dentro de um acabamento em preto brilhante. Ele possui lanternas horizontais com três barras verticais em LED e um aerofólio desenhado na própria carroceria, que surge a partir do desenho das lanternas. Abaixo desse aerofólio ele traz uma barra em preto brilhante com o nome da marca escrito por extenso.

O para-choque traseiro possui um vinco horizontal que também se conecta com as lanternas nas extremidades e uma parte central com um acabamento em fibra de carbono preta que fica o espaço da placa. Nas laterais, ele possui duas saídas de ar com desenho ‘quadrado de cantos arredondados’ com refletores horizontais na parte superior desta saída de ar. Essas saídas de ar e o espaço da placa se conecta com dois difusores de ar com seis aletas verticais. Entre os dois difusores, ele possui uma nova saída de ar e uma luz de ré central.

Internamente, o Gemera possui um painel relativamente simples. Ele possui um quadro de instrumentos com tela digital e um volante de base superior e inferior achatada, com controles multifuncionais de dois raios. O painel possui uma central multimídia destacada do painel que possui sistema de nuvem Koenigsegg Over The Air (OTA), com a central tendo conectividade com Apple CarPlay. Os ocupantes do banco traseiro possuem um console central com quatro porta-copos e uma segunda tela de controles do esportivo.



Esta possui funções quase repetidas em relação à tela da dianteira – como controles do sistema de ar-condicionado e outras funcionalidades. Há espaço para quatro ocupantes do tipo concha. Mecanicamente, a Koenigsegg queria instalar a mecânica apresentada em 2020, chamada de Direct Drive, que chegou a equipar o esportivo nos primeiros protótipos, apresentados em 2022. No entanto, no desenvolvimento do Gemera, a marca sueca percebeu que o melhor seria a aposta a transmissão Light Speed ​​Transmission (LST) do Jesko.

Junto dela está a necessidade de remover o volante e a embreagem do motor dos locais inicialmente planejados. “Não conseguimos resistir a explorar a possibilidade de incorporar esses recursos e benefícios notáveis ​​ao modelo de produção Gemera, o que nos levou a um novo e empolgante caminho de desenvolvimento — a Light Speed ​​Tourbillon Transmission (LSTT)”, explica Christian. Com isso, a equipe de Pesquisa & Desenvolvimento desenvolveu o motor elétrico Dark Matter, sendo um motor e fluxo raxial (que mistura fluxos radial e axial) que desenvolve 811cv e 127,4kgfm.

Ele aparece como o único motor elétrico automotivo mais potente do mundo com tecnologia de 6 fases que permite rotação de 8.500rpm. Associado com a transmissão LSTT, o conjunto se mostrou mais leve que o Direct Drive (o Dark Matter é um motor elétrico de apenas 39g). Ele possui um sistema de tração nas quatro rodas com vetorização de torque nas quatro rodas. A segunda opção de motor era a união do Dark Matter com o Tiny Friendly Giant (TFG), um motor a combustão biturbo de três cilindros, sendo um 2.0 12v Turbo Twin-Turbo, de três cilindros, que desenvolve 608cv e 61,1kgfm.



Isso faz a potência combinada ser de 1.419cv e 188,6kgfm junto de uma transmissão Light Speed Tourbillion Transmission (LSTT) de 9 marchas, com uma tração nas quatro rodas e todas as rodas com vetorização de torque. Ele conta também com uma bateria de 14kWh de autonomia não revelada. “Adicionamos 'Tourbillon' ao nome do LST, pois esse mecanismo representa o equivalente automotivo de um relógio suíço de ponta e é simplesmente lindo”, explica Christian von Koenigsegg. De acordo com a sueca, a marca teve todo um trabalho de engenharia por ser um superesportivo híbrido de motor central com espaço para quatro ocupantes e com transmissão de 9 marchas.

E porque o ‘era’ uma opção de motor? De acordo com Christian em entrevista ao Top Gear, disse que o conjunto foi abandonado. “Em poucas palavras, todos eles viram V8s. Havia tão poucos que pediram o motor três cilindros que conseguimos convencer quase todos eles [a trocar os pedidos de motor].”, disse Koenigsegg. Apesar de todo desenvolvimento da marca, o sistema TFG ainda pode voltar no futuro, aprimorado e possivelmente em um novo produto. Com isso, ele mantém a opção elétrica e o V8. Este é para quem acha o elétrico desinteressante e o TFG inovador demais.

O Hybrid V8 (HV8) une o bom e velho 5.0 V8 que sozinho desenvolve 1.521cv e 152,9kgfm junto de um motor elétrico que desenvolve 811cv e 127,4kgfm, com o conjunto Dark Matter, que juntos entregam 2.332cv e 280,4kgfm. Ele usa a mesma bateria de 14kWh. Com esse conjunto, ele acelera de 0 a 100km/h em 1,9 segundo e máxima de 400km/h (!), de acordo com a marca. A autonomia híbrida é de bons 970km com tanque cheio e bateria 100%. Para fazer a engenharia funcionar, a Koenigsegg trabalhou na conversão da base do Jesko V8 no que foi chamado de Hot V8, onde o escapamento sai no centro superior, mas, de outra forma, é muito semelhante ao motor Jesko.



Para combinar o som do motor V8, a capacidade de resposta e a potência do Jesko V8 com a engenharia ousada do Gemera realmente cria uma nova geração do sistema. "O Gemera HV8 não é apenas o carro de produção mais potente e extremo do planeta Terra, com espantosos 1,11cv por kg, mas também é o carro esportivo mais prático e fácil de usar já criado. Sua incrível resposta, manuseio, som do motor, transmissão nítida, interior espaçoso e sistemas de tração nas quatro rodas se combinam para criar uma experiência de direção sem precedentes e inigualável, pronta para estabelecer vários recordes de desempenho em pistas e em linhas retas. Estamos extremamente orgulhosos de ter dado vida ao Gemera HV8 e estamos ansiosos para entregar este novo nível de desempenho e tecnologia aos nossos estimados clientes e fãs", adicionou Christian.

A Koenigsegg confirmou ainda que o Gemera conta com um quinteto de embreagens que gerencia a saída de potência para cada roda e permite que cada uma ignore a outra, se necessário. Embora esteja na frente do carro, isso significa que o motor elétrico pode alimentar as rodas dianteiras ou traseiras. De série, ele será vendido com itens de série como Birds Eye View, detecção de ângulo morto (Dead Angle Detection), estacionamento automático (Self Parking), bancos aquecidos e ajustáveis eletronicamente, fixação Isofix, suportes para rack de teto e outros.

A Koenigsegg confirmou que ele possui um porta-malas com capacidade de 200 litros e um tanque de combustível de generosos 115 litros. De acordo com a marca, o Gemera começa a ser produzido no Gripen Atelier no final de 2024, no Koenigsegg Campus em Ängelholm, Suécia, com entregas aos clientes na primeira parte de 2025. Cada unidade terá preço de US$ 400.000. 





Fotos: Koenigsegg / divulgação

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