Toyota confirma que desenvolve nova geração do sistema a células de hidrogênio para 2026
Toyota já trabalha em uma nova geração do sistema a hidrogênio que será lançada em 2016 e que pode acabar estreando em uma nova geração do Mirai
A Toyota parece que já se movimenta para o desenvolvimento
de uma nova geração do seu sistema movido a células de hidrogênio. De acordo
com a marca japonesa, a nova geração será apresentada em meados de 2026 e será
mais em conta de produzir que a atual geração do sistema. Conhecidos hoje por
serem caros de produzir e também por conta da baixa infraestrutura, os carros
movidos a células de hidrogênio (FCEV) ainda engatinham, mas marcas como
Toyota, Hyundai e BMW ainda acreditam na alternativa.
Mais especificamente no caso da Toyota, a marca conta com o
sedã Mirai lançado em 2014, que atualmente está em sua segunda geração, lançada
em 2020. Se seguir nesse mesmo ritmo, em 2026 apresenta uma nova geração do
sedã. Coincidência ou não, é nesse mesmo ano que a empresa nipônica confirmou
que é o ano de estreia da nova geração do sistema, que promete ser mais viável
e mais em conta de produzir. A marca comentou parcialmente seus planos e disse
que pretende ter “células de combustível inovadoras de última geração” em 2026.
As primeiras informações dão conta que a marca projeta essa
nova geração com uso comercial, ou seja, em algum veículo. A nova geração vai
trazer uma redução no custo de pilha de células de combustível em cerca de 50%
em comparação com a atual segunda geração do sistema, que estreou com o Mirai
em 2020. Além disso, espera-se que o sedã traga um aumento de autonomia de 20%,
ou seja, um benefício duplo. O novo motor vai exigir menor manutenção que um
motor a diesel e a Toyota sugere que as melhorias decorrem de uma série de
fatores.
Entre eles, estariam a menor quantidade do número de células de combustível e um aumento de 130% na densidade de potência do eletrodo. A Toyota já confirmou que continua a desenvolver os veículos a hidrogênio e prevê uma redução de 37% no custo de produção por meio de um “progresso tecnológico, eficiência de volume e localização”. Estimando vender cerca de 200.000 unidades ao ano em meados de 2030, a Toyota será capaz de ter uma redução de custos que pode chegar a 50% entre 2026 a 2030 e “gerando um lucro sólido”. A marca também estaria trabalhando para padronizar os tanques de combustível de hidrogênio.
Estes, padronizados, iriam trazer “custos de fabricação em 25% ao unificar os padrões de tanques de empresas europeias, americanas e japonesas e consolidar suas quantidades”. A Toyota confirmou, por meio das primeiras informações, um sistema de tanques de combustível chamado de Multi Hydrogen Tank, que permitiria que os veículos usassem uma série de tanques de combustível de hidrogênio relativamente pequenos. Esse estudo estima que possa trazer um maior ganho em escalabilidade, podendo ser usada por veículos compactos e até mesmo de grande porte.
Para tornar a tecnologia FCEV mais viável, a marca japonesa também segue investindo em tecnologias, como um novo eletrolisador de água que produz hidrogênio por meio da eletrolise de água. Outra forma de produzir hidrogênio seria a partir de biogás e outras soluções também estão em pauta de estudos. Em termos de infraestrutura, a Toyota diz saber que o “preço do hidrogênio ainda é muito alto” e trabalha com fornecedores para produzir, transportar, usar e vender o hidrogênio em postos de combustível, por exemplo.
A marca também confirmou que internamente a empresa criará uma ‘Hydrogen Factory’, que vai consolidar esforços de desenvolvimento da tecnologia e agilidade no processo de tomada de decisão. A empresa ainda acredita num aumento da demanda desta tecnologia entre 2025 a 2030, especialmente em mercados como América do Norte, China, Japão e Europa, sendo um mercado que pode movimentar US$ 36 bilhões anualmente.
Fotos: Toyota / divulgação
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