GWM considera ter fábrica própria na Europa entre quatro a cinco anos, dizem executivos
GWM estuda erguer uma fábrica na Europa dentro de quatro a cinco anos, com alguns países despontando como escolhas do grupo erguer (ou adquirir) uma unidade
A Great Wall Motors (GWM) estuda a chance de erguer uma
fábrica na Europa, caso a marca considere um volume de vendas interessante. O
grupo chinês possui uma operação inicial no Velho Continente, que tem planos de
expansão para outros mercados. Essas fábricas estariam no radar da marca para
os próximos anos, podendo ser erguida em países como Alemanha, Hungria ou
República Tcheca, produzindo apenas veículos elétricos (BEVs) ou híbridos plug-in
(PHEV) – tal qual a GWM faz em nosso mercado, por exemplo.
“Estamos a examinar onde e porque é que os fabricantes de
automóveis asiáticos experientes estabeleceram as suas instalações europeias.
Os estados da Alemanha Oriental poderiam ser uma escolha possível. Alternativamente,
a Hungria ou a República Checa também são possibilidades.”, disse Xiangjun Meng,
Presidente da Great Wall Motors Europa, durante entrevista ao Automobilewoche. Atualmente,
a GWM possui marcas como Haval, Ora, Tank, Poer e Wey, sendo que atualmente
apenas Ora e Wey atuam na Europa. Chegando ao continente no ano passado com o
Ora Funky Cat (nosso 03) e o Wey Coffe 01, o grupo estuda expansão a outros
mercados.
A fábrica não é esperada para acontecer muito em breve
porque os volumes de vendas ainda não são grandes. Se isso acontecer será na
segunda metade desta década, visto que apenas em 2023 a GWM tinha uma meta de
vender apenas 6.000 veículos por lá, ou seja, ainda parece muito cedo para essa
produção. Atualmente todos os carros da GWM vendidos na Europa são importados
da China, sendo que hoje a empresa atua em mercados como Reino Unido, Suécia e
Noruega – tirando o Reino Unido, são mercados pequenos, mas que são ávidos por
produtos elétricos.
“A Great Wall é uma empresa privada e, portanto, não
enfrenta expectativas ou pressões do governo [chinês]. Isso significa que somos
mais pragmáticos do que muitos outros fabricantes chineses e não definimos
metas de vendas específicas na fase inicial”, complementou Meng na entrevista. No
início deste ano, o Diretor de Marca e Marketing da Great Wall Motor (GWM)
Europe, Thiemo Jahnke, em entrevista ao La Tribuna de Automación disse que a
GWM estuda a fábrica na Europa dentro de quatro a cinco anos. “Em quatro ou
cinco anos poderemos ter produção na Europa e não descartamos Espanha”,
destacou.
Jahnke confirmou ainda que a escolha de um país "não se
limita a essa área, embora estejamos a ver o que os nossos concorrentes, por
exemplo os coreanos, estão a fazer. Produzem na UE, com condições muito
competitivas e é isso que procuramos. Mas também não descartámos o Sul da
Europa”, adicionou. Vale destacar que na Espanha, a fábrica da Nissan, que era
responsável pela produção da Frontier, segue inativa e pode despertar o
interesse de marcas chinesas variadas que estão crescendo na região. O
executivo também confirmou que uma fábrica europeia "não é será para o
próximo exercício, mas provavelmente também não levará 10 anos”, concluiu. Isso
acontece justamente por conta das chinesas na Europa ainda ser um fato mais
novo que em outros mercados.
Fotos: GWM / divulgação
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