GM confirma que Cruise pode ser lucrativa até 2030 em US$ 50 bilhões anuais em receitas
CEO da General Motors confirma que a Cruise pode gerar cerca de US$ 50 bilhões ao ano em receita, mas no momento a empresa ainda é deficitária
A Cruise, braço de desenvolvimento da tecnologia de condução
autônoma, da General Motors (GM), já opera em alguns mercados como mercados
como o próprio país sede, Estados Unidos, com táxis autônomos que trabalham em
testes com unidades do Chevrolet Bolt EV. A empresa apresentou nos últimos anos
uma espécie de van autônoma, chamada de Origin (acima), que vai poder funcionar
como um ônibus em escala reduzida e levar mais ocupantes de um destino ao outro
sem a necessidade de um motorista.
O desenvolvimento da tecnologia e a série de custos que isso
envolve ainda são um dilema para a GM, que perde, anualmente, cerca de US$ 2
bilhões com a empresa. Mesmo assim, Mary Barra, CEO da GM, confirmou em
entrevista para a Agência Reuters que a Cruise pode se tornar rentável nos
próximos anos ao ponto de alcançar um faturamento de US$ 50 bilhões ao ano até
meados de 2030. A informação foi dita pela executiva durante a conferência de
Sanford Bernstein em Detroit, Michigan, nos Estados Unidos, quando Barra disse
que existe uma “oportunidade gigante de crescimento”.
Em entrevista para a Agência Reuters, a executiva confirmou
ainda que pode lançar carros autônomos no mercado até o final desta década,
sendo capaz de gerar receitas significativas para a GM, expandindo até mesmo
para mercados além dos EUA, como Japão e Dubai (abaixo, com o Bolt EV em testes).
Outro tipo de receita financeira que a Cruise poderia capitanear são os
diferentes tipos de serviços de delivery, seja de alimentos como de
mercadorias. Nos EUA, a GM atua hoje em cidades como São Francisco, na
Califórnia, mas tem planos de expansão para Arizona e Texas.
Atualmente existem cerca de 2.500 unidades de teste do Origin
que rodam no país, sem nenhum tipo de condução humana possível por não ter
volante e nem pedais. O Cruise Origin roda a 56km/h nas vias, em todos os
momentos do dia, menos quando o tempo estiver com condições ruins, como chuva. A
Cruise confirmou ano passado que vai produzir seus próprios semicondutores nos
próximos anos, a fim de evitar a dependência do componente de empresas
fornecedoras.
Fotos: GM / divulgação
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