Renault já trabalha na vinda e na adaptação do motor E-Tech Hybrid 145 no Brasil para ser Flex

E-Tech Hybrid: Renault trabalha em um motor híbrido bicombustível no Brasil, que vai trabalhar em conjunto com o motor 1.6 16v SCe e um outro motor, elétrico



A Renault confirmou que vai apostar em uma eletrificação em todos os mercados onde atua, com modelos elétricos e também com híbridos. Atualmente, a nossa gama de produtos conta apenas com a linha E-Tech Electric, mas a marca já ensaia a estreia da sua linha E-Tech Hybrid, que contará com um híbrido (HEV) biocombustível (Flex). O motor em questão deve ser o mesmo existente na Europa, formado pelo 1.6 16v SCe junto de um motor elétrico, chamado no Velho Continente de E-Tech Hybrid 145.

Esse motor em questão vai nascer nos próximos anos, sendo que já está em desenvolvimento desde o final de 2021, quando a marca francesa trouxe um Clio E-Tech Hybrid como mula de testes para o que se pensava ser a vinda do Arkana – que ainda segue como uma novidade no radar, pelo menos até o momento. Caso não seja com o SUV cupê, a estreia ficará a cargo de um outro utilitário esportivo: a terceira geração do Duster ou até mesmo o seu substituto. O motor em questão une o já nacional 1.6 16v SCe Flex junto de um motor elétrico.

Na Europa, esse conjunto E-Tech Hybrid 145 tem o 1.6 16v SCe de quatro cilindros a gasolina que se une a dois motores elétricos. Na combinação, o motor 1.6 SCe entrega 94cv e 15,1kgfm junto de dois motores elétricos que desenvolvem 73cv combinados (49cv na dianteira e 24cv na traseira) que, juntos, entregam os 143cv. Cada motor elétrico possui uma função diferente. Um deles serve como motor de partida de alta voltagem enquanto o outro motor move as rodas. De acordo com a Renault, eles contam com câmbio inspirado em carros de Fórmula 1 e permitem rodar apenas com o motor elétrico.

A caixa de câmbio automático CVT permite uma partida 100% elétrica e reduz significativamente as lacunas na aceleração durante as trocas de marchas, o que melhora o conforto e o desempenho ao dirigir enquanto acelera. Uma das diferenças do motor 1.6 do híbrido com o 1.6 usado hoje nos nacionais, é que ele possui um ciclo Atkinson que retarda o tempo de abertura das válvulas de admissão e expansão do pistão. Isso reduz o tempo de compressão a fim de reduzir a pressão e o esforço dos componentes, aumentando o ar na mistura com o combustível.

A diferença é que o nosso E-Tech Hybrid 145 vai ser Flex. Hoje, o 1.6 16v SCe Flex entrega 120/118cv de potência com torque de 16,5kgfm e câmbio manual de 6 marchas ou câmbio automático CVT, que simula 6 marchas. Com isso, o E-Tech Hybrid 145 Flex deve ter uma potência combinada na casa dos 145cv a 150cv por conta do etanol, que oferece mais força ao conjunto. Por aqui, o time de engenharia da Renault já estaria trabalhando na adaptação do motor, de acordo com o Mobiauto. O lançamento deve acontecer em algum momento de 2025 ou após ele. 



Fotos: Renault / divulgação

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