Greve no IBAMA se arrasta e 'prende' mais de 30.000 importados nos portos do Brasil

IBAMA em greve afeta cerca de 30.000 unidades de veículos em portos do país que aguardam emissão de licenças ambientais para permitir entrada no país 



Depois da crise em algumas fábricas no Brasil, com interrupções na produção de alguns modelos, agora o problema é outro. É o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente – o IBAMA, que entrou em greve. De acordo com o órgão, isso vai afetar toda a importação de veículos em nosso país e já existem cerca de 30.000 unidades que aguardam a entrada no país. Todo carro importado ao desembarcar no Brasil precisa da emissão de licenças ambientais que atestam o enquadramento dos carros nos padrões exigidos pela nossa legislação.

Com três meses de greve, isso vai afetar diretamente o estoque de marcas que importam veículos ao nosso país, de todos os países do mundo. Ou seja, não afeta apenas marcas que não possuem fábricas no Brasil, mas todas as empresas que possuem veículos produzidos em outros países – inclusive de mercados vizinhos como a Argentina e o Uruguai. A greve do IBAMA atingiu 90% dos funcionários, enquanto os demais agora se concentram apenas em atividades burocráticas internas. A categoria entrou em greve em favor de uma valorização do governo com a categoria, de acordo com a Folha de São Paulo.

Iniciada desde a virada deste ano, a greve já afeta algumas marcas, especialmente as que dependem de grande volume de veículos importados ou que dependem integralmente a chegada de veículos importados. Nas últimas semanas, uma proposta foi feita pela Ministra da Gestão e Inovação em Serviços Públicos, Esther Dweck, mas ainda não teve retorno do IBAMA sobre o assunto. Em busca de planos de carreira, os servidores do IBAMA também pedem aumento dos salários e melhores condições de trabalho para o setor.

A greve, no entanto, não trouxe grandes reflexos no primeiro trimestre de 2024, mas à medida que não entram unidades no país e o consumidor busca pelos veículos, o efeito deve ser sentido mais agora, neste mês de abril. No mês de março, os primeiros sinais já foram sentidos por algumas marcas, de acordo com o Auto Data. De acordo com a revista VEJA, no último dia 17 de abril teve protestos em Brasília (DF) para reivindicar o que está sendo pedido. Os manifestantes se dirigiram até o Ministério da Gestão e Inovação em Serviços Públicos, onde aconteceu o ato. Ou seja, até o momento, não há informações de uma resolução.



Fotos: BYD / divulgação | Volkswagen / divulgação

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