Ford confirma investimento na China, que vai se tornar polo exportador de veículos
Ford confirma novos investimentos na China, apostando em elétricos e em veículos comerciais para exportação para novos mercados – áreas que são mais lucrativas
A Ford possui uma boa presença na China, com produtos que
são desenvolvidos exclusivamente para aquele mercado tal qual Equator, Mondeo,
Edge, Evos e outros modelos que são vendidos hoje apenas lá. Nomes clássicos
como Mondeo e Edge ganharam novas gerações produzidas apenas lá e reforçaram
como a Ford na China possui um papel importante para a marca. Agora, a norte-americana
anunciou que a divisão chinesa vai contar com o apoio de um investimento que
vai permitir a produção de elétricos e veículos comerciais.
A informação foi confirmada por meio do CEO da Ford, Jim
Farley, que destacou que a operação chinesa vai apostar em áreas de maior
retorno financeiro. Hoje, a marca possui uma parceria com a Jiangling Motors
Group (JMG), que é responsável pela produção de modelos como Equator e Equator
Sport (o nosso Territory, que vem importado de lá). A marca também confirma que
a China vai exercer uma função de centros de exportação para construir veículos
para mercados como América do Sul, Austrália e México. “Não vamos tentar servir
a todos. Será um negócio com menor investimento, mais enxuto e muito mais
focado na China.”, disse Farley.
O executivo ainda confirma que a China vai exercer uma
função importante que é a de exportar veículos com um preço mais competitivo.
Vale destacar que até mesmo a Lincoln terá parte nesse papel, com a nova
geração do Nautilus sendo produzida na China e exportada para os Estados Unidos
e Canadá, por exemplo. “Acreditamos que não é apenas o maior mercado de
veículos elétricos do mundo, mas os clientes digitais estão à frente do resto
do mundo e, portanto, é um mercado realmente importante para nós”, observou
Farley, destacou o executivo durante entrevista ao Automotive News.
“E o que realmente vemos em nossa presença é tecnologia de
bateria, experiências digitais para o cliente e produto avançado, integração de
software e hardware.”, acrescenta. Além da Jiangling, a Ford possui uma
joint-venture com a Changan, divisão que foi responsável por 1% do mercado
chinês em 2022, depois de já ter chegado a 4% em meados de 2016. Com a expansão
da atuação na China, a Ford pode usar essa produção para exportação de novos
mercados, o que vai assegurar a produção em um ritmo saudável, financeiramente
falando – motivo que tirou a produção do Brasil e Austrália, por exemplo.
Fotos: Ford / divulgação
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