EUA: sedãs devem voltar a ter espaço no mercado, dizem pesquisas e executivo da GM
Executivo da GM confirma que sedãs vão retornar aos lares dos consumidores, enquanto segmento demonstra reação perante os utilitários esportivos
Enquanto uma série de marcas abandonou por completo o
segmento de sedãs, algumas outras mantiveram alguns modelos, mas acabou eliminando
outros. Houve muitos casos nos últimos anos, em favor do aceito dos utilitários
esportivos frente aos modelos três-volumes, o que levou a tais decisões. É o
caso da General Motors (GM), por exemplo, que eliminou o Cruze e o Impala nos
Estados Unidos, enquanto a Buick matou seus sedãs na América do Norte – decisão
similar ao que a Ford e a Lincoln fizeram.
No entanto, há estudos que mostram que o segmento de sedãs
ainda não está de lado. De acordo com estudos do Automotive News, o segmento
vem demonstrando sinais de retomada nos Estados Unidos. Por lá, o site fez um
estudo com o seu Automotive News Research & Data Center, que analisou as
vendas de sedãs, hatchs, cupês, conversíveis, esportivos e superesportivos no
primeiro trimestre de 2023. Todos esses segmentos alcançaram uma participação
de mercado de 21,4%, enquanto esses mesmos segmentos tiveram uma participação
de mercado de 19,6% no primeiro trimestre de 2019.
Apesar do avanço tímido, esse é o primeiro aumento de
participação destes tipos de veículos desde 2002, quando seus percentuais de
vendas foram diminuindo de acordo com o avanço dos SUVs e picapes.
Especialistas acreditam que o mercado chegou ao seu ponto de estagnação, com o
platô que os SUVs atingiram nos EUA, onde respondem por 60% das vendas. "Parece
que estamos nos aproximando de algum tipo de limite natural, onde os SUVs são
cerca de 60% do mercado, as picapes, vans e caminhões são cerca de 20%, e os
carros de passeio são cerca de 20%. Estamos meio que chegando a esse ponto de
estagnação", disse Tyson Jominy, Vice-Presidente de Dados e Análises da
J.D. Power.
Algumas marcas confirmaram que não vão renunciar à sua
participação no segmento de sedãs. Um dos casos é a Hyundai, que vende o médio
Elantra e o grande Sonata. Lá, as vendas de ambos cresceram 47% a 87%,
respectivamente, neste primeiro trimestre de 2023 do estudo. Também
recentemente, o designer australiano Mike Simcoe, disse em entrevista que os
sedãs vão voltar ao seu ápice. Hoje Vice-Presidente Mundial de Design da GM, Simcoe
disse que os sedãs precisam ter um aspecto 'baunilha' para serem mais 'sexy' ou 'de sucesso' novamente. “A indústria inevitavelmente voltará aos sedãs, desde
que sejam elegantes e seus vizinhos admirem.”, disse.
Uma outra pesquisa feita pela Nissan disse que 80% dos millenials
(nascidos entre 1980 a 1999), que não possuem um sedã, disseram que cogitam a
compra de um no futuro, ou seja, ainda há uma esperança do segmento ter uma
retomada.
Fotos: Chevrolet / divulgação | Buick / divulgação
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