CEO da Alfa Romeo confirma que estuda produzir elétricos nos Estados Unidos
Alfa Romeo não descarta produzir elétricos nos Estados Unidos pela primeira vez em 113 anos de existência da marca italiana, destaca CEO durante entrevista
A Alfa Romeo em toda a sua história sempre foi uma marca
muito tradicional às suas origens italianas. Tanto, que a marca nunca produziu
em alguns mercados que são considerados estratégicos para o crescimento de uma
empresa, como os Estados Unidos e a China. No entanto, isso pode mudar de
acordo com o novo plano estratégico de reestruturação da Stellantis, que prevê
que suas marcas precisam expandir não só em vendas, mas também em mercados. Recentemente,
o CEO da marca, Jean-Philippe Imparato, confirmou detalhes dessa expansão.
De acordo com o executivo, a italiana poderia passar a
produzir nos Estados Unidos. Ainda em estudos, a ida da Alfa Romeo para
produzir nos EUA pode acontecer com a chegada de elétricos no lineup. O Stelvio
de nova geração, por exemplo, já nasce como um produto puramente elétrico. A
chegada da Alfa com uma produção na América do Norte seria um trunfo importante
para o crescimento global da empresa, que hoje conta com as unidades de Cassino
e Pomigliano d’Arco, ambas na Itália. A marca já sabe que, para crescer globalmente,
precisa estar inserida em mercados como China e Estados Unidos.
Imparato apenas confirmou que esse novo produto que poderia ser o primeiro a ser produzido fora da Itália atualmente seria do segmento E, muito provavelmente sendo um utilitário esportivo. “Também poderia ser um cupê fantástico. O primeiro mercado no mundo para o segmento E é o seu mercado – os EUA. A segunda é a China”, disse o CEO para jornalistas, de acordo com o Autoweek. Esse novo possível SUV, por exemplo, pode ser um SUV cupê de três fileiras de bancos que pode ficar acima do Stelvio, mas que demora mais alguns anos para ser lançado. As estimadas é que ele seja apresentado em algum momento após 2026.
A chegada de novos produtos, por exemplo, vai obrigar a marca ou a expandir a capacidade de produção das fábricas que tem na Itália ou exigir que tenha espaço em novas fábricas pelo mundo. Na América do Norte, por exemplo, a Stellantis possui algumas fábricas com uma capacidade ociosa que poderia permitir a produção de novos produtos. “Se quero ser a marca premium global da Stellantis, devo estar em todo o mundo em termos de vendas. Devo estar no nível mais alto em termos de satisfação, em termos de satisfação e experiência do cliente. E devo planejar o sucesso para o futuro. É disso que precisamos.”, adiciona Imparato.
Recentemente, a Jeep deixou de produzir na fábrica de Belvidere, estado de Illinois, nos Estados Unidos, onde produzia o Cherokee. Uma fábrica pronta, fechada e que demandaria apenas de investimentos para modernização. É essa a visão de Larry Dominique, Vice-Presidente Sênior e Chefe da Alfa Romeo e Fiat North America. Com uma nova geração do Giulia e Stelvio elétricos feitos em Cassino, a marca também vai expandir para outros segmentos clássicos como novos sedãs grandes e cupês, por exemplo. “Então, para mim, a eletrificação significa que o sedã está de volta. Você terá um Giulia totalmente elétrico”, promete o CEO.
“Nas próximas semanas iremos congelar o design da próxima geração do Giulia… Trarei um sedan (EV) no mercado e provavelmente não apenas um.”, adiciona Imparato. A nova geração do Giulia, um dos elementos principais dessa renovação, está em desenvolvimento com equipes da Itália e da América do Norte. A meta da italiana é se tornar puramente elétrica já em 2027, ou seja, todo novo produto da marca já será elétrico. O Tonale, por exemplo, se tornou o último lançamento da marca a não ter nenhuma opção de motor elétrico, ao mesmo tempo que foi o primeiro híbrido da marca – já antecipando a eletrificação total.
Fotos: Alfa Romeo / divulgação
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