Joint-venture entre Renault e Geely vai produzir motores eletrificados em 17 fábricas

Renault e Geely vão poder construir motores da sua joint-venture em nove fábricas pelo mundo, com unidades da América Latina, Europa e Turquia



A Renault e a Geely formaram recentemente uma joint-venture para o desenvolvimento em conjunto de motores eletrificados, como híbridos (HEV) e híbridos plug-in (PHEV). A nova empresa será criada entre as empresas e a Saudi Aramco confirmou interesse em fazer parte do desenvolvimento. Agora, surgiu informações de que a nova empresa vai conseguir seus motores em 17 fábricas pelo mundo, sendo oito delas da Renault em mercados como América Latina, Europa e Turquia. Da Geely serão um total de nove fábricas de motores.

Das 17 unidades, oito estão na China, enquanto a nona está na unidade de Skovde, na Suécia, da Volvo. A joint-venture ainda vai contar com dois centros de pesquisas no mundo, criando a Geely-Autobay, sendo uma em Gotemburgo, na Suécia, e a outra estará na Baía de Hangzhou, na China. Já a Renault usará três dos seus centros de Pesquisa & Desenvolvimento, sendo os centros da América Latina e Europa, de acordo com informações da Agência Reuters. Com isso, podemos afirmar que o Complexo Ayrton Senna, na fábrica de São José dos Pinhais (PR), vai receber investimentos para fazer motores híbridos.

Possivelmente esses motores ainda sejam Hybrid Flex. A nova empresa terá um total de 17 fábricas de produção da tecnologia e em três continentes, com cerca de 19 mil funcionários. A capacidade de produção de todas essas fábricas será de 5 milhões de unidades ao ano. Cerca de 130 países vão poder ver os motores rodando nos carros. Graças ao portfólio de produtos e a presença geográfica combinada da nova empresa, será possível oferecer soluções para 80% do mercado global de motores a combustão interna.

A joint-venture também vai atender mercados onde a eletrificação deve demorar um pouco mais acontecer, como os mercados emergentes e subdesenvolvidos. Recentemente surgiu informações preliminares que dão conta que a Aramco quer ter controle de 20% das ações da nova empresa, sendo essa a primeira investida de uma petrolífera em uma empresa de motores. Caso isso aconteça nessa porcentagem, a Aramco ficaria com 20% e a Renault e Geely dividiriam igualmente 40% das ações. “Esta parceria com a Aramco elevará nossa empresa conjunta de motores e motores Geely Group para o próximo nível e dará a ela uma vantagem na corrida em direção à tecnologia de motores ICE com emissões ultrabaixas”, disse o CEO do Grupo Renault, Luca de Meo, recentemente.

“A entrada da Aramco traz para a mesa um know-how único que ajudará a desenvolver inovações revolucionárias nas áreas de combustíveis sintéticos e hidrogênio.”, adicionou de Meo. A nova empresa ainda permitirá que novas empresas possam ser acionistas ou parceiras desse tipo de motor, promovendo a criação de ecossistemas no mercado de zero ou baixa emissão. Este acordo de cooperação deve culminar com a formalização do projeto em 2023.



Fotos: Renault / divulgação

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