GWM vai lançar picape média no Brasil em 2024, da Poer, que nasce como uma Hybrid Flex
GWM confirmou que a marca Poer desembarca no Brasil a partir de 2024, com uma picape média que será o primeiro veículo a ser produzido em Iracemápolis
A Great Wall Motors (GWM) vem trabalhando bastante desde que
desembarcou oficialmente em nosso mercado. O grupo já lançou a marca Haval e
vai apresentar a Ora ainda neste ano. Em 2024, será a vez da Poer desembarcar
com uma picape média. Rebatizada de Poer, a marca nasce a partir da Great Wall.
A picape ainda será importante para o grupo por ser o primeiro veículo a ser
produzido na fábrica de Iracemápolis (SP).
A informação foi confirmada por Oswaldo Ramos, Chief
Commercial Officer da GWM Brasil, o que disse que o primeiro veículo nacional
“será um produto que precisa de volume”. Aqui, ela quer ser a primeira
picape Hybrid Flex, muito provavelmente sendo uma picape com motor híbrido
plug-in (PHEV). Em entrevista ao InsideEVs, Ramos ainda confirmou mais alguns
detalhes: “A marca [Poer] é muito forte em picape e eles me perguntavam como é
que a gente entra no mercado de picape. Se você entrar com uma picape igual à
dos outros, tão boa quanto a dos outros, ninguém vai comprar”, destaca o
executivo.
“Talvez o segmento mais raiz para uma marca, e tem marcas boas que tentaram lançar suas picapes e nunca conseguiram se firmar no Brasil. E as tradicionais realmente dominam, as pessoas tem carteirinha da marca delas. Ou você dá um motivo muito grande para a pessoa saltar para uma tecnologia que ela tenha atenção, ou essa pessoa, por um produto igual, ela compra segurança, ela compra certeza do valor de revenda. Então você tem que entregar muito a mais”, explica Ramos.
O executivo ainda adicionou que a picape pode ser pioneira e que preço não será um fator levado em consideração, por ser uma marca chinesa (referindo-se a que carros chineses precisam ser muito mais baratos que marcas generalistas). “Preço não é característica de produto [e] agora você trazer tecnologias que ninguém tem nem em desenvolvimento ainda, é no mínimo três anos para te alcançarem. Aí você forma a marca.”, adiciona. O máximo previsto é a Toyota Hilux, que ganha um nível de eletrificação que não será o mesmo nível da GWM, se o grupo apostar em um motor PHEV para sua picape.
Sabendo que a entrada em um segmento de picapes no Brasil é complicado, Ramos disse que tem ex-funcionários de marcas que vendiam picapes no país trabalhando na Poer, “em áreas onde a gente conhece e onde as outras falharam no Brasil, de todas as marcas”. Rumores dão conta que ela seja equipada com motor 2.0 Turbo de ciclo Miller que será aliado a um câmbio automático de 9 marchas e ao câmbio 4x4, com bloqueio de diferencial e reduzida nas primeiras marchas da caixa de transmissão. Com um conjunto híbrido, ela pode desenvolver 304cv e 65,3kgfm, segundo o Mobiauto.
As últimas informações davam conta que a GWM segue trabalhando na renovação da unidade fabril, que terá uma capacidade de produção de 100.000 unidades ao ano. Enquanto isso, a GWM já confirmou que busca por fornecedores de outros países que estejam interessados em produzir nacionalmente as peças, caso não encontre parceiros aqui. O grupo também confirmou que quer encontrar fornecedores que produzam itens eletrônicos mais complexos, muito provavelmente inexistentes em nosso mercado por conta dos poucos veículos eletrificados fabricados aqui.
Fotos: Poer/Great Wall / divulgação
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