Ineos trabalha em três novos modelos, incluindo elétricos, até o final desta década
Além de Grenadier, Ineos trabalha com o lançamento de três novos modelos até o final desta década, todos sendo puramente elétricos; primeiro surge em 2026
A Ineos ainda é uma marca novata no mundo do desenvolvimento
de automóveis. A empresa nasceu a partir do fim de linha do clássico Land Rover
Defender, quando a empresa queria adquirir o projeto e continuar produzindo o
jipe inglês, com uma negativa da Land Rover. A partir daí, criou o Grenadier
por conta própria e agora tem um plano estratégico que prevê o lançamento de
três novos modelos juntos ao primogênito.
Os novos produtos serão desenvolvidos em parceria com a Magna
Steyr, que atualmente produz o Grenadier e que também ajudou a criar o
Grenadier. O Diretor de Operações da Ineos, Hans Pessler, disse ao Autocar
sobre o desenvolvimento dos novos modelos. "Tendo trabalhado juntos na
engenharia de nosso primeiro produto crucial, vimos em primeira mão o valor de
aplicar a agilidade, conhecimento e experiência da Magna a um programa completo
de desenvolvimento de veículos.”, destaca Pessler.
"Aprofundar nossa colaboração é um próximo passo
natural, pois usamos o Grenadier como um trampolim para nosso crescimento contínuo
como uma marca automotiva global com nossa segunda linha de modelos. Mais uma
vez, trabalharemos com os melhores parceiros para lançar outro produto de
classe mundial aos nossos clientes em 2026.”, adiciona. Rumores indicam que um
modelo menor e elétrico poderia ser vendido como Grenadier Sport, seguindo a
mesma lógica que a Land Rover, mas isso trata-se apenas de rumores até o
momento.
“É um negócio. Respeito o que enfrentamos, mas sinto que
podemos nos estabelecer em uma parte do mercado que não é atendida atualmente.
Há uma lacuna em termos de capacidade off-road e acho que podemos construir uma
marca muito lucrativa em torno dessa posição única. Os riscos são altos, mas as
recompensas também. Não sou alguém que se assusta com um desafio.”, destacou o
CEO da Ineos, Sir Jim Ratcliffe. Neste ano, a empresa confirma que pretende
vender cerca de 25.000 unidades do jipe, ao chegar em novos mercados.
Sobre os novos modelos, pelo menos um elétrico parece estar
bem avançado em seu projeto. O design do carro já estaria praticamente definido,
mas ainda estaria congelado por conta do desenvolvimento de uma plataforma que
seja capaz para elétricos. Menor que o Grenadier, estima-se que ele possa ter
cerca de 4,30 a 4,40 metros de comprimento. Essa plataforma, que vem atrasando
o projeto da marca, está em desenvolvimento pela Ineos e será criada
especificamente para modelos elétricos, com uma capacidade de oferecer
minimamente uma autonomia de 400km, segundo Ratcliffe.
“Será menor que o Grenadier e terá seu próprio caráter, mas
ainda parecerá um irmão mais novo – a semelhança familiar estará lá. Vimos o
último modelo de argila no mês passado, e Toby [Ecuyer, que projetou Grenadier]
está basicamente lá. Por ser elétrico, inevitavelmente terá um pouco de perda
de peso, mas minha expectativa é que ainda tenha o alcance e a capacidade do Grenadier.
Não vamos transigir. Pensamos em nos associar a outro fabricante e compartilhar
tecnologia, mas se quisermos ser honestos sobre entrar neste nicho off-road e
garantindo que todos os nossos veículos tenham o nível de capacidade que
acreditamos torná-los autênticos, então temos que seguir nosso próprio
caminho.”, disse o executivo.
O desenvolvimento dessa nova plataforma ainda foi confirmado
que será modular, tendo um potencial grande para ser bem escalável e suportar
condições off-road. Detalhes técnicos dessa nova plataforma devem surgir até o final
de 2023, com a retomada dos projetos a partir de 2024. Além desse novo modelo
elétrico que terá cerca de 4,30 metros de comprimento, é cotado que a marca
tenha um modelo acima do Grenadier. O quarto produto pode ser um modelo ainda
menor, com cerca de 4,10 metros de comprimento, concorrente do Jeep Avenger.
Todo esse ano de 2023 será voltado para a engenharia da
marca trabalhar com essa nova plataforma. “É fácil trazer o conhecimento, mas é
na cultura que mais preciso me concentrar. Temos muito a fazer, mas é crucial
não crescermos rápido demais.”, adicionou Ratcliffe.
Fotos: Ineos / divulgação
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