BYD pode adquirir fábrica de motores que era da Stellantis, em Campo Largo (PR)
Enquanto há demora para decidir sobre venda da fábrica de Camaçari, unidade de Campo Largo (PR), da Stellantis, surge como possibilidade para fazer motores BEVs
Enquanto a fábrica que era da Ford ainda é um impasse para a
BYD, a unidade da Stellantis e recém fechada fábrica de Campo Largo (PR), surge
como uma possibilidade para a chinesa. Responsável pela produção de motores 1.8
16v EtorQ para o grupo ítalo-franco-americano, a unidade está fechada desde o
final do ano passado, quando encerrou suas atividades e demitiu seus
funcionários. Inda sem definição sobre o que deve acontecer com a unidade, ela
pode acabar sendo vendida para a BYD.
Os rumores dessa negociação começaram no início deste ano,
com a BYD querendo investir mais em nosso mercado a partir do momento que
começou a entregar as primeiras unidades do seu híbrido plug-in Song Plus. E o
Paraná entrou no jogo, oferecendo a unidade como uma possibilidade O Governo do
Paraná convidou executivos da marca para conhecer a unidade de motores que a
Stellantis possui na cidade de Campo Largo que assim como Camaçari (BA) vai
sofrer impactos com uma unidade fechada.
“Conhecemos o Paraná há muito tempo, temos um escritório aqui e temos grandes possibilidades de investir no Estado. Recebemos algumas informações da Stelantis, vamos apresentá-las para nosso time técnico da China”, destacou o Presidente da BYD, Tyler Li, em comunicado para o Governo do Paraná. Isso porque a BYD ainda estuda a produção em Camaçari (BA) e todas as exigências que a marca chinesa impõe, que o Governo da Bahia impõe e que a Ford também o faz.
"Uma vez definido o que será produzido na planta de Campo Largo, poderemos avançar nas negociações com a BYD para além dos incentivos previstos no programa Paraná Competitivo. Vamos primeiro saber o que a empresa pretende produzir no Paraná. Se são empilhadeiras, vans, caminhões, furgões, veículos elétricos ou baterias", disse Ricardo Barros, Secretário da Indústria, Comércio e Serviços do Paraná, em entrevista ao Automotive Business. O estado do sul vem apostando em competitividade para receber novos empreendimentos em seu território, como incentivos, diferimento de ICMS nas operações de fornecimento de energia elétrica e fornecimento de gás natural.
"Tão logo os diretores da BYD nos apresentem o que pretendem para se instalar no Paraná, faremos as movimentações necessárias para garantir a celeridade e efetividade no que depender do Governo", disse Barros. No Paraná, a BYD pode acabar produzindo outra coisa que não é automóveis, mas sim motores elétricos. A informação é do site Mobiauto, citando o Tribuna do Paraná. “Recebemos algumas informações da Sttelantis, vamos apresentá-las para nosso time técnico da China, que vem para cá em fevereiro fazer uma visita na fábrica para avaliar as condições e as possibilidades na unidade produtiva. Em março daremos um feedback”, disse Li ao jornal.
Se isso acontecer, a unidade de Campo Largo manteria a produção de motores, mudando apenas a matriz energética. A Stellantis ainda confirma que pode negociar a unidade, confirmando ao Automotive Business que há tratativas do gênero. Se isso acontecer, a BYD pode ter duas fábricas no Brasil, sendo Camaçari para veículos e Campo Largo para componentes, como motores. Em outubro do ano passado, o site Automotive Business confirmou que a BYD assinou uma carta de intenções com o Governo do Estado da Bahia para a instalação de três linhas de montagem em Camaçari, de caminhões e ônibus, baterias e veículos.
Fotos: Stellantis / divulgação | BYD / divulgação
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