Renault vê paridade de preços entre elétricos e a combustão ainda mais distantes
Durante o Salão do Automóvel de Paris, Renault acredita que a paridade de preços entre os carros elétricos ainda é uma realidade mais distante
A Renault confirma que acredita na paridade de preços dos
carros elétricos em comparação com os carros a combustão, mas que isso ainda
deve demorar para acontecer. A informação foi confirmada por Luca De Meo, CEO
da Renault Group, que disse sobre a paridade de preços de elétricos durante o
Salão do Automóvel de Paris, na França. Apesar de acreditar na paridade, De Meo
não a vê acontecendo brevemente.
“Não vejo essa paridade chegando perto. Vou levar a empresa
para lá, mas em última análise será o mercado, os clientes, que vão decidir se
querem ser apenas elétricos”, disse De Meo ao Automotive News Europe. O executivo
ainda destacou que o custo de uma plataforma para um carro elétrico custa cerca
de 30% a 35% menos que a arquitetura do Mégane E-Tech, híbrido. Um dos motivos,
na visão do executivo, será o alto custo que as baterias ainda possuem.
"Posso criar uma melhor química de bateria e melhor
eletrônica de potência, mas esses ganhos serão apagados quando o preço do
cobalto dobrar em apenas seis meses", disse de Meo. Atualmente, as matérias-primas
das baterias representam cerca de 80% custos das mesmas. “Do ponto de vista
ambiental, ter veículos com baterias de 150 kWh a 200 kWh é simplesmente um
absurdo ambiental”, disse ele.
Com o plano estratégico RENAULuTion, que já começou a partir
do momento que a Renault apresentou o Mégane E-Tech Electric. Segundo as
informações ditas por de Meo, a Renault vai deixar de produzir automóveis com
esse tipo de motor de forma gradativa. A informação foi confirmada em outra
entrevista ao Automotive News, dizendo que a Renault terá 90% da sua gama
eletrificada em 2030.
Dentro do Renault Group, a Dacia será a última marca do
grupo a ser totalmente eletrificada e atualmente a marca conta apenas com o
Spring como modelo elétrico. Isso porque os franceses querem manter a Dacia
como uma marca de baixo custo e com a melhor relação custo/benefício do grupo. Na
época, ainda teria dito que até mesmo a Lada se tornaria uma empresa eletrificada,
mas isso fica para além de 2030 por conta de o mercado russo ainda não estar
totalmente eletrificado. Antes dessas duas marcas, a Alpine também será
eletrificada.
Fotos: Renault / divulgação
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