Dacia quer ser mais lucrativa e aumentar ganhos em 50% até 2030 com uso da base CMF
Dacia estima que pode ter margens de lucro de 50% apostando em carros com bom custo/benefício ao mudar seu foco, que era de baixo custo
A Dacia recentemente confirmou que mudaria seu foco no
desenvolvimento de novos automóveis. Ela deixaria de ser uma marca de carros de
baixo custo para ser uma marca de carros com ótimo custo/benefício. E com essa
nova visão da empresa romena, começam a ser estipulados os ganhos que ela vai
trazer com tudo isso. De acordo com o CEO da Dacia, Denis Le Vot, a empresa pode
alcançar margens de lucro que podem crescer 50%.
Tendo o Sandero como um dos carros mais baratos da Europa e
sendo um dos mais vendidos do continente, registrando um recorde de vendas no
ano passado. Com o uso da plataforma modular CMF-B, os carros da Dacia se
tornarão mais acessíveis em termos de desenvolvimento, o que vai aumentar as
margens de lucros de 10% para 15% até 2030, ou seja, um ganho de 50% em lucros,
disse o executivo ao Automotive News Europe.
O uso da plataforma ainda fará com que os carros da marca
romena sejam mais seguros e com mais equipamentos de série. Se a empresa
conseguir alcançar esse feito, será um ganho muito bom para uma empresa que
vende, em sua grande maioria, carros muito acessíveis – que lhe dá baixos
níveis de lucros. Esse lucro extra será essencial para a marca começar a
planejar sua eletrificação, o que ocorre ainda nesta década.
Recentemente, a marca confirmou, por meio de Le Vot, que a
marca possui uma estratégia dentro da empresa, de não abandonar os carros a
combustão nesta década. “A Renault vai se esforçar para ser a campeã dos
motores elétricos; isso tem um risco. É também por isso que a Dacia existe.
Dependendo da rapidez com que o mercado se converte em motores elétricos e do
apetite dos clientes, a Dacia está aqui. As duas podem coexistir”, disse Le Vot
em entrevista ao Automotive News Europe.
O executivo destacou que o custo de desenvolver um elétrico
ainda é alto para a marca e ela só tem o Spring por conta da Renault, visto que
ele é um. Como a proposta da Dacia é ser mais acessível, a marca espera que os
componentes fiquem mais em conta para manter sua essência. Apesar de confirmar
que os carros a combustão continuam até 2030, esse prazo pode ser estendido até
meados de 2035, se possível.
Fotos: Dacia / divulgação
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