CEO da Stellantis diz que grupo pode deixar de produzir na China em um futuro breve
Stellantis diz que poderia fechar suas fábricas na China e que importaria os carros para o mercado, se fosse necessário, destacou o CEO do grupo
Ao que parece, a Stellantis pode reverter sua presença na
China. Com vendas em queda naquele mercado, as empresas que pertencem ao grupo
ítalo-franco-americano podem deixar de produzir no gigante asiático. Durante o
Salão do Automóvel de Paris, Carlos Tavares, CEO da Stellantis, confirmou que a
empresa quer adotar uma nova estratégia global e que a China poderia perder
suas fábricas.
"Se avançarmos com essa estratégia – que é a nossa
estratégia agora – não precisaremos de fábricas na China", disse Tavares ao Automotive News Europe.
O executivo confirmou ainda que poderia importar modelos produzidos nos Estados
Unidos e até mesmo na Europa para a China, visto que existe essa capacidade.
Além disso, isso faria com que a Stellantis deixasse de lado as joint-ventures
que possui na China e ainda venderia seus ativos.
Recentemente, a Jeep deixou de produzir modelos como
Renegade, Compass, Cherokee e Grand Commander na China, encerrando a
joint-venture que possuía com a GAC. O mesmo pode acabar acontecendo com outras
empresas que possuem produção na China, como Citroën, Peugeot e DS. A única diferença
é que existem modelos destas marcas que foram desenvolvidos especialmente para
o mercado chinês e sair destes mercados impactaria no lineup destas marcas.
Seria basicamente o que a Jeep fez, com a diferença que
apenas o Grand Commander era um modelo destinado para a China. Tavares ainda
confirma que as montadoras estrangeiras à China vêm enfrentando dificuldades no
país. "Vemos que, para os fabricantes ocidentais, vender carros na China
está se tornando cada vez mais difícil. Há uma mudança absolutamente importante
acontecido no mercado chinês", destaca o executivo.
A saída da Jeep das linhas de produções chinesas também foi
uma atitude geopolítica. “Chegamos à conclusão de que era melhor fechar a joint-venture.
A marca Jeep continuará a fortalecer sua oferta de produtos na China com uma
linha eletrificada aprimorada de veículos importados”, descrevendo a
joint-venture como um negócio deficitário. Além de uma parceria deficitária, a
Stellantis alega que para operar na China se vê muita intromissão política nas
empresas. Em contrapartida, a GAC disse que o fim da parceria é uma “falta de respeito
pelos clientes da Stellantis no mercado automotivo chinês”.
Fotos: Jeep e Stellantis / divulgação
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ResponderExcluirAtenção: nenhuma marca do Grupo Stellantis sairá do nosso mercado. Tanto que a notícia aborda sobre a China, onde o grupo vem perdendo espaço assim como ocorre com as demais marcas ocidentais. A fake news sobre a saída da Citroën aconteceu nos últimos dias pelo WhatsApp, mas não é uma informação verídica. Atenção!
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