Stellantis quer motores híbridos para Fiat, Jeep, Peugeot e Citroën no Brasil no futuro breve


A Stellantis confirmou que vai apostar na eletrificação das suas principais marcas no mercado brasileiro. Tendo quase 1/3 das vendas do mercado brasileiro, o grupo quer apostar em híbridos flex. A informação foi confirmada por João Irineu, diretor de Compliance de Produto para a América do Sul, onde se confirmou a intensificação dos contatos com a base fornecedora em busca de parceiros para desenvolver os componentes novos e necessários para os híbridos, como as baterias. De acordo com Irineu, o executivo disse: “A parte conceitual do projeto já foi totalmente concluída. Agora estamos na fase de colocá-lo em prática. Queremos produzir aqui com o máximo de nacionalização possível. São perto de 600 fornecedores de autopeças no Brasil e só a partir da produção local dos componentes é que iremos impedir a desindustrialização do país”, destacou o executivo. Essa é a primeira vez que a Stellantis fala sobre a sua eletrificação no mercado brasileiro. Até meados de 2030, o grupo espera ter 20% da sua linha de produtos eletrificadas, com modelos 100% elétricos e híbridos. Essa eletrificação deve ser focada nas quatro principais marcas, Fiat, Jeep, Peugeot e Citroën, mas nada impede que a Stellantis leve isso para marcas como a RAM e as demais marcas que podem chegar no país. Um dos primeiros movimentos é que o grupo ítalo-franco-americano pode apostar em motores híbrido-leve de 48V (MHEV) e híbridos convencionais. 



Recentemente surgiu rumores sobre os motores 1.0 12v Turbo Flex (T200) e 1.3 16v Turbo Flex (T270) serão equipados com um sistema híbrido-leve. Além de melhorias no desempenho, a dupla fica mais econômica e vai emite menos em CO2. Os modelos terão um consumo entre 1km/l a 2km/l a mais de média, com um incremento que chega a 15%. O sistema traz um motor/gerador no lugar do alternador que é ligado ao virabrequim via correia dentada, que exige menos do motor, diminuindo seu consumo. Atualmente, a dupla é equipada com motores 1.0 12v T200 Flex desenvolve 130/125cv de potência (Etanol/Gasolina), com torque de 20,4kgfm com ambos os combustíveis, aliado a um câmbio automático CVT que simula 7 marchas. O outro é o motor 1.3 16v Firefly Turbo Flex, que desenvolve 185/180cv de potência com torque de 27,5kgfm, acoplado a um câmbio automático de 6 marchas e tração dianteira. Esse sistema deve ajudar a Stellantis e a Fiat na redução de emissões de poluentes por conta do Proconve L8, que deve entrar em vigor a partir de 2025. Outro conjunto cotado ao nosso mercado é um já apresentado na Europa como o 1.5 16v Turbo que desenvolve 132cv e 24,5kgfm de torque junto de um câmbio automatizado de dupla embreagem de 7 marchas junto de um motor elétrico leve de 48V que desenvolve 20,2cv e 5,7kgfm de torque. O motor 1.5 usa ciclo Miller que tem taxa de compressão de 12,5:1, que a Stellantis disse que o motor foi “projetado para ser o melhor para uso híbrido”. Elétricos também são cotados, mas dificilmente para o futuro breve.


Fonte: Auto Indústria

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