Pagani congela desenvolvimento de elétrico em favor dos carros a combustão, diz CEO
A Pagani já confirmou que trabalha com o desenvolvimento de
um hiperesportivo equipado com um motor elétrico, mas, no entanto, o projeto
deve atrasar um pouco. A informação foi confirmada por Horacio Pagani, CEO da
marca, em entrevista ao Autocar, durante o Salão de Milão e Monza. “Em 2018,
criei uma equipe trabalhando em carros totalmente elétricos”, disse Pagani ao
site inglês. Essa equipe trabalha na homologação global de carros da marca e “em
quatro anos, nunca encontramos interesse no mercado de supercarros” por um
elétrico, disse. Apesar da fala, um porta-voz da Pagani confirmou que a marca não
descartou totalmente os estudos para ter um elétrico futuramente. O porta-voz
destaca que um Pagani precisa se manter "fiel à filosofia de ser leve,
seguro e emocional, e divertido de dirigir e possuir". A marca ainda
confirmou que os elétricos, com as tecnologias atuais, acrescentariam o peso de
cerca de 600kg por conta das baterias. Apesar disso, a Pagani segue trabalhando
com parceiros para a "seleção de tecnologias futuras – não a tecnologia de
hoje, mas a tecnologia de amanhã que chegará à filosofia de leve, segura e
emocional. O desafio é fazer um EV que dê boas emoções como um ICE normal.
Pagani não vai fazer algo apenas com um bom desempenho, como você pode fazer
[agora], mas para dar emoção ao piloto. A ideia deveria ser fazer um carro
leve, mas esse é o maior desafio. O sonho seria um EV de 1300kg, mas isso não é
possível [com a tecnologia atual].”, disse o porta-voz. “Não queremos carros
extremos. Queremos carros fáceis que não sejam estressantes para motoristas
cavalheiros.”, disse Pagani. O fato da marca ter adiado o desenvolvimento de um
elétrico pode ter a ver com a lei que adiou de 2030 para 2035 para marcas
tenham carros apenas a combustão na Europa, especialmente para marcas de baixo
volume, como a Pagani. “No momento, 90% da energia é produzida sem energias
renováveis. É tolice pensar que apenas alguns supercarros [no mundo] com ICEs
podem ter um impacto negativo no clima quando 90% da energia é produzida de
maneira ruim.”, destacou Pagani ao site.
Comentários
Postar um comentário