A Alfa Romeo terá um árduo caminho pela frente em seu plano
estratégico. Além de melhorar a sua imagem de uma marca com os clientes menos
satisfeitos de acordo com uma pesquisa feita nos Estados Unidos pela J.D.
Power, a marca ainda tem que lidar com o fato de um lineup reduzido e com
vendas no mesmo patamar da Lancia, que vende apenas o envelhecido Ypsilon e
apenas na Itália. O Tonale foi a primeira aposta dessa mudança e a marca ainda
prevê um plano de eletrificação chegando. É muita coisa só. E a Alfa Romeo quer
resgatar seu prestígio. Para isso, Damian Dally, Chefe da Alfa Romeo no Reino
Unido, disse que em entrevista ao Autocar de que a primeira meta é dobrar as
vendas até o final de 2023. Ao mesmo tempo, a italiana terá o cuidado de manter
o status de uma “marca de emoção para uma marca racional”. Com o Tonale
começando a ser vendido neste mês na Europa e um SUV compacto chamado de
Brennero chegando em meados de 2024 (sendo o primeiro carro puramente elétrico
da Alfa Romeo), a Alfa Romeo tem a missão de tornar todos seus carros elétricos
até 2027, o que inclui novas gerações de Giulia e Stelvio. Nesses anos, a Alfa
ainda quer chamar mais atenção de famílias e mulheres. “Este é o desafio para a
Alfa, pois somos vistos como uma marca esportiva. Acho que precisamos espalhar
a história da Alfa para um público mais amplo, mantendo a pureza do que
fazemos”, disse Dally.
Apesar da ascensão dos SUVs, a marca não deixará de atuar no segmento de sedãs, onde sempre esteve. “Os sedãs são parte do que a Alfa Romeo sempre fez. O mercado pode estar se afastando dos sedãs, mas ainda acreditamos neles. Mas também queremos entrar nos segmentos de volume, primeiro com o Tonale. Alfa Romeo é esportividade. É design italiano. E é a isso que precisamos ser fiéis. Mesmo que as transportadoras se tornem populares novamente, não nos vejo entrando nesse mercado. Isso nunca funcionará [para nós].", disse Dally. Além disso, esportivos também estão em análise. A marca quer voltar a ter um carro de dois lugares, algo que não tem desde o fim do 4C. “Não imediatamente, pois são segmentos pequenos, mas são carros que tenho certeza que todos adorariam ver a Alfa [produzir novamente]. Vamos ter um modelo de negócios sustentável, vamos entrar nos segmentos de volume, crescer nosso negócio e então podemos sonhar novamente.”, complementa. Atuando numa faixa de preços de até 150 mil euros, Dally ainda destaca que tem muita coisas incríveis vindo por aí, entrando em segmentos de grande volume antes de voltar a ter carros de produção mais limitada. Um desses modelos será um carro compacto e esportivo, possivelmente substituto do MiTo. “A marca tem um histórico de venda de carros esportivos compactos, como o Alfasud, e é uma área interessante do mercado que é de alto volume uma oferta muito mais ampla.", disse o executivo, ou seja, existe uma chance de um sucessor, nem que seja espiritual. Para mudar sua imagem nos países onde atua, a Alfa Romeo ampliou para cinco anos a garantia dos seus carros como primeiro passo na melhora de imagem.
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