Empresa de centavos: Renault Group vende Lada por menos de dez centavos de reais
A Renault Group parece ter resolvido o imbróglio que a
guerra (inútil) entre Ucrânia e Rússia trouxe para o grupo francês. A Renault
parece ter vendido suas operações na Rússia para um grupo de investidores
russos, que terão a marca Lada. Os franceses contam com uma alta participação
na AvtoVAZ, que é a responsável por controlar a Lada, que foi repassado para a instalação
de pesquisa automotiva russa, NAMI. De acordo com a Agência Reuters, a AvtoVAZ
foi vendida pelo equivalente a 1 rublo, ou seja, R$ 0,07. Sim, centavos. Os 68%
de participação foram transferidos para a NAMI. Atualmente, a nova dona da
AvtoVAZ é uma instituição com mais de um século de existência e é a principal
organização científica da Rússia, no campo do desenvolvimento da indústria
automotiva. O acordo foi realizado com a oportunidade de a Renault readquirir a
AvtoVAZ entre cinco a seis anos, mas não por esse valor. De acordo com
informações, Denis Manturov, Ministro do Comércio, destacou: “Se nesse período
fizermos investimentos, isso será levado em consideração no custo. Não haverá
presentes aqui”. A fábrica da Renault em Moscou, na Rússia, também será vendida
para o governo russo. A Renault Group contava com participações na AvtoVAZ
desde 2008, quando adquiriu cerca de 25% das ações, o que foi aumentando nos
anos seguintes. Em 2017, a participação já era de 68%. Nas mãos dos franceses,
a Lada ganhou modelos como Vesta e XRay, considerados os mais modernos carros
da Lada, primos de Renault Sandero e Logan. Além deles, os russos tiveram a
Largus, prima russa da Dacia Logan MCV. Há um mês, a Renault Group já estaria
disposta a transferir toda sua participação para um investidor russo. Desde o
anúncio da guerra, a Renault já mantou retomar a produção, mas teve que parar
em menos de 48h depois. Sendo a Rússia o segundo maior mercado da Renault,
atrás apenas da França, a situação se tornou delicada pela forma de que a Lada
é um braço importante nesse processo de recuperação financeira do grupo.
Fonte: Agência Reuters
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