Renault teme tomada da Lada por parte da Rússia e volta a produzir carros depenados


A Renault Group confirmou que teme que a Lada seja ‘tomada a força’ pelo governo russo. A empresa, que tem quase 70% da AvtoVAZ, empresa que gerencia a Lada, pode acabar encontrando um novo dono para a empresa russa. De acordo com algumas informações, a Renault Group estaria disposta a transferir toda sua participação para um investidor russo. Este é a Rostec State Corporation, uma acionista-chave do empreendimento. A possível transferência com esse investidor logo esfriou e o grupo francês estaria cogitando outras opções. A Renault já mantou retomar a produção, mas teve que parar em menos de 48h depois. Sendo a Rússia o segundo maior mercado da Renault, atrás apenas da França, a situação se torna delicada pela forma de que a Lada é um braço importante nesse processo de recuperação financeira do grupo. “Embora a Renault esteja exposta à Rússia por causa de suas grandes operações lá, estamos mais preocupados com sua capacidade de manter um bom desempenho à luz de prováveis ​​interrupções no fornecimento, custos mais altos de insumos e dependência do mercado automotivo europeu, que pode ser prejudicado pelo Conflito Rússia-Ucrânia”, disse a empresa de informações e análises em um relatório recente, observa a Agência Bloomberg. Atualmente, a Lada responde por 22% do mercado local, vale 2,2 bilhões de euros e ajuda nos lucros da Renault entre 8,7% a 10% ao ano. Outra informação é que a Lada retomou a produção de dois modelos na Rússia. O primeiro deles é o Granta e o segundo foi o Niva. Ambos voltaram a ser produzidos e são feitos praticamente depenados, por conta de não terem mais acesso a peças importantes como semicondutores. Ambos os modelos serão vendidos sem freios ABS com EBD, ESP, TCS, assistente de partida em rampa, airbags e o sistema de emergência em parceria com a Glonass. Os carros ainda devem ficar ainda mais prejudicados com o padrão caindo para o Euro 2, por perder os sensores de ajustes de combustível. Modelos como Vesta e XRay devem ficar mais um tempo sem serem produzidos, por conta que a maioria das suas peças vem do exterior. Os carros, além de perder tais itens, também não terão centrais multimídia, quadro de instrumentos e uma série de outras funcionalidades. É como se que os carros da Lada voltassem a década de 1970. Pelo menos, o Niva está bem atual para esta época. 




Fontes: Agência Bloomberg, Automotive News Europe e Index

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