A Lotus apresentou oficialmente o seu primeiro utilitário esportivo,
o Eletre, que se torna o primeiro carro da marca com esse tipo de carroceria e
mais um modelo elétrico. Assim como acontece com marcas como Aston Martin,
Bentley, Ferrari, Lamborghini e Rolls-Royce, a Lotus aposta no SUV para crescer
comercialmente. E o melhor. Aposta que esse modelo seja o único elétrico entre
seus concorrentes. O modelo possui no porte o seu principal chamariz do seu
design. Ele conta com 5,105 metros de comprimento, 3,019 metros entre os eixos,
2,135 metros de largura e 1,630 metro de altura, sendo criado a partir da plataforma
modular Electric Premium Architecture (EPA), que suporta o SUV. Desenvolvido a
partir da Geely Group, o Lotus Eletre traz a nova identidade visual antecipado
pelo Evija e seguido pelo Emira. Ele se destaca por trazer faróis dianteiros em
‘L’, com tecnologia matricial, além de faróis principais em parte inferior,
conectado com o acabamento em preto brilhante que ocupa boa parte do
para-choque dianteiro. O para-choque dianteiro vai contar com uma entrada de ar
principal abaixo, que se abre com o veículo em movimento (ativa), além de
entradas de ar nas extremidades do para-choque dianteiro, logo abaixo dos
faróis principais. O capô possui um comprimento menor, principalmente quando
visto de lateral e comparado com seus concorrentes, e há duas saídas de ar.
Ainda visto de lateral, o carro possui um estilo bem comprido. A dianteira é um
tanto quanto curta, enquanto o balanço traseiro é bem comprido, com relação
entre os eixos acima dos 3 metros, que garantem um bom espaço interno. O
desenho da linha de cintura é ascendente e terá um aplique em preto brilhante
que vai continuar as linhas das janelas laterais até o vidro traseiro, deixando
o teto com estilo flutuante.
O estilo da carroceria será um pouco cupê, que ajuda na aerodinâmica, enquanto as rodas vão ter um desenho aerodinâmico, de cinco raios, e 23 polegadas, com inserções de fibra de carbono. Os espelhos retrovisores foram substituídos por câmeras e as maçanetas são embutidas na carroceria. Ele ainda possui uma saída de ar no para-lama dianteiro, que traz um desenho da carroceria que ajuda o ar que sai dessa saída a ter um destino em favor da aerodinâmica, deslizando pela carroceria. O para-lama dianteiro ainda possui o bocal de recarga da bateria. Toda a base inferior do SUV possui um acabamento plástico preto, que reforça seu perfil SUV. Visto de traseira, o SUV se destaca por trazer um aerofólio diferenciado, apenas nos extremos, e um desenho do vidro traseiro inclinado. Ele é ativo e se desdobra automaticamente e pode variar sua posição em três ângulos diferentes, conforme o modo de condução desejado. As lanternas se conectam e serão finas, dando a impressão do modelo ser maior do que realmente é, trazendo o nome Lotus escrito por extenso abaixo da faixa em LED. A tampa do porta-malas parece formar um pequeno aerofólio no próximo desenho e tem uma abertura ampla, enquanto o para-choque traseiro possui espaço para a placar traseira, tendo refletores nas extremidades. De acordo com a Lotus, todos os componentes em preto (como o acabamento inferior da carroceria) é feito em fibra de carbono, enquanto os painéis da carroceria são de alumínio. No interior, o SUV possui quatro bancos individuais, mas também será oferecido com um banco traseiro com espaço para três ocupantes. Há ainda teto panorâmico fixo e materiais como microfibras sintéticas nos principais pontos de contato, que podem diminui a luminosidade. O painel possui um console central elevado vieram dos esportivos Evija e Emira, pelo menos no conceito.
O volante é um não-circular, com acabamento em tecido sustentável e reciclados com fibras, com um acabamento que mescla o preto e branco. Os comandos do volante são em preto brilhante e atrás há paddle-shifts. O volante possui um desenho de quatro raios. O painel ainda possui uma faixa em LED que percorre todo o painel e há duas pequenas telas, uma à frente do volante e outra na frente do passageiro. Elas são minimizadas pela central multimídia. Todos os comandos podem ser controlados digitalmente, tendo uma central multimídia com tela OLED de 15,1 polegadas que dá acesso a uma série de funções do carro. Há ainda um Head-Up Display com tecnologia de realidade aumentada, instrumentação digital minimalista, com uma faixa de 3 centímetros de altura. O console central ainda possui funções como recarga wireless, dois porta-copos de diferentes tamanhos e nas portas existem compartimentos para garrafas de até 1 litro. O carro ainda é equipado com um sistema de áudio da KEF, chamado de KEF Premium, com 15 alto-falantes de 1.380 watts com tecnologia Uni-QTM e som envolvente. E se isso não bastar para o cliente, o equipamento KEF Reference soma 23 alto-falantes e 2.160 watts, assim como som envolvente 3D. Todo o desenho do interior é conectado, como o painel e os painéis das portas, que trazem saídas de som e um acabamento bem rebuscado. De acordo com a Lotus, o porta-malas possui capacidade de 400 litros e outros 77 litros na dianteira. Na mecânica, ele é equipado com um motor elétrico que desenvolve 600cv de potência, sem anunciar seu torque. A potência nasce de dois motores elétricos, um em cada eixo, oferecendo um sistema de tração integral AWD.
Com esse conjunto, ele acelera de 0 a 100km/h em 2,95 segundos e chega a velocidade máxima de 260km/h. A bateria possui 100kWh e oferece uma autonomia de 600km. Ele usa uma arquitetura elétrica de 800V, que permite que ele possa ser recarregado em estações de recarga de 350kW, que recupera 400km de autonomia em apenas 20 minutos. Ele ainda pode ser carregado em corrente alternada de 22kW. O carro possui também cinco modos de condução: Range, Tour, Sport, Off-Road e Individual, que alteram a assistência da direção, a rigidez da suspensão, a resposta do acelerador e outros. A britânica ainda confirmou que deve apresentar mais opções de potência para o Eletre, como uma versão de 700cv e uma outra opção que deve desenvolver mais, possivelmente próximo dos 884cv a 1.000cv. De acordo com a Lotus, o carro possui suspensão pneumática e tem amortecedores adaptativos (CDC), com barras estabilizadoras ativas, sistema de distribuição seletivo do torque e um eixo traseiro que é direcional. Os freios são carbocerâmicos, com pinças de dez pistões. De série, ele será equipado com condução inteligente graças a um sensor LiDAR, além de um sistema que, ao pressionar o botão da chave ou o aplicativo do smartphone, pois se ativa uma sequência de luzes, a grade dianteira ativa ‘respira’ e as maçanetas iluminadas das portas se abrem. De acordo com a Lotus, ele começa a ser vendido em regime de pré-venda em questão de poucos meses. Ele começa a ser produzido na China, em Wuhan, no fim de 2022. As entregas começam a partir de 2023, na China, Europa e Reino Unido.
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