Bosch também confirma que Brasil possui mais de uma opção para ter uma eletrificação
Enquanto o Brasil ainda não tem um plano de eletrificação
dos seus carros no Brasil, muitas marcas apostam em modelos elétricos que vem
ao mercado como importados. A Bosch, uma das fornecedoras de componentes das
fábricas no país, confirmou que a tecnologia no país ainda está em
desenvolvimento e uma solução para o país seria o carro elétrico movido a Etanol.
"Para o Brasil, esse é o momento
certo de participar dessa tecnologia globalmente e não ficar só esperando que as
novas tecnologias desenvolvidas fora sejam trazidas ao país", disse
Besaliel Botelho, Presidente da Bosch na América Latina. O executivo destacou
em entrevista ao site Valor que o uso do hidrogênio também poderia ser uma
alternativa para o Brasil, mas que seria complicado pelas questões de
infraestrutura e reabastecimento dos cilindros e as implicações de segurança
que seriam necessárias. Uma solução interessante seria fazer com que o carro
pudesse ser abastecido com Etanol como um motor gerador para o motor a células
de hidrogênio, que é uma solução mais prática. Isso porque o motor a hidrogênio
não precisaria de energia para mover as baterias e nem toda a matriz energética
da região provém de energia renováveis, o que daria seis por meio dúzia. Com os
motores de hidrogênio movidos a Etanol, a célula de hidrogênio poderia partir
do Etanol, não gerando assim emissões de poluentes. De acordo com Botelho, se o
país fomentasse o desenvolvimento deste tipo de motor, colocaria o Brasil em
destaque novamente. "Esse é o momento de sermos novamente
protagonistas", disse. Isso porque o executivo acredita que o Brasil
cumpriu um papel importante com os modelos Flex, no início deste século. A
Bosch ainda confirmou que tem um projeto global de investimentos em hidrogênio
entre 2021 a 2024 e enquanto sua tecnologia não fica pronta, o país poderia dar
incentivos a elétricos e híbridos – algo que nunca aconteceu.
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