Renault decreta o fim dos subcompactos com motores a combustão e os vê como elétricos
A Renault confirmou que o segmento de subcompactos na Europa
deve passar por mudanças. A marca apresentou recentemente o Dacia Spring, que ser
o novo jeito de desenvolver subcompactos. Na Europa, ele foi apresentado pelo
grupo francês no ano passado. Conhecido na Europa como segmento A, alguns
modelos devem começar a desaparecer do segmento por conta da baixa
lucratividade. O segmento pode morrer ou migrar para os SUVs subcompactos. Na
Europa, com a eletrificação, os custos de desenvolvimento de carros desse
segmento devem ficar ainda mais caros. A fim de atender as novas normas de
emissões, esses carros deveriam se tornar puramente elétricos porque não há
espaço suficiente para os carros serem híbridos. Com o Euro7 passando a valer a
partir de 2025, isso vai forçar as marcas a desenvolverem os modelos como
carros puramente elétricos, o que torna os carros mais caros, deixando-os
próximos dos carros compactos, que são maiores e geralmente são mais atraentes.
Em entrevista ao Autocar, Luca de Meo, CEO da Renault, disse que discutiu
diversos tópicos diferentes, desde a nova estratégia do RENAULuTion deve fazer
com que o desenvolvimento de modelos subcompactos esteja comprometida, como
Twingo, Kwid e outros modelos. “Há um custo básico para 'limpar' os motores a
combustão. Você precisa de um filtro de partículas com platina, ródio e outras
coisas caras, seja ele usado em um Clio ou em um Mercedes-Benz Classe S. Claro,
o do Classe S é um pouco maior, mas muito mais barato dentro do preço pago pelo
carro e que o cliente pode pagar. Só que a vida fica mais difícil para as
fabricantes que fazem carros pequenos.”, disse de Meo. Ainda na entrevista, o
executivo disse que os motores a combustão podem dobrar de preço quando o Euro7
passar a valer, ou seja, híbrido já não deve ser uma solução. “Enquanto isso, o
custo das baterias está caindo cerca de 10% por ano, segundo nossa experiência.
E carros pequenos elétricos precisam de baterias menores, então a proporção do
custo é ainda menor do que um VE maior. Enquanto um subcompacto com motor a
combustão ficará mais caro, o equivalente elétrico ficará mais barato. Está
chegando o momento em que as curvas de custos dos dois irá cruzar, momento em
que os carros elétricos se tornarão mais viáveis na Europa", finalizou o
CEO. Ao que tudo indica, o Renault 5, que deve ser lançado como um subcompacto
elétrico, pode representar uma nova fase entre os carros pequenos da marca
francesa.
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