Depois de fechar unidade de São Bernardo do Campo, Ford cogita fechar Campo de Provas de Tatuí
A Ford, depois de fechar a unidade de São Bernardo do Campo
(SP) e ter apenas Camaçari (BA) como sua unidade fabril no Brasil, pode tomar
outras atitudes para diminuir os custos da operação brasileira. Estratégia
global para se tornar mais lucrativa, o Campo de Provas de Tatuí, em Tatuí
(SP), pode ser fechado. De acordo com o Sindicato dos Metalúrgicos de Tatuí, a
empresa pode reduzir gastos terceirizando o local, permitindo que outras marcas
também o usem a grande estrutura que o campo de provas possui. A informação foi
publicada pela jornalista Soraia Abreu Pedrezo, no Jornal Diário do Grande ABC.
Inaugurada em 1978, o Campo de Provas de Tatuí possui 41 anos de
desenvolvimento de muitos carros da marca norte-americana no Brasil deste
então. É o maior campo de prova da Ford na América Latina. De acordo com
Ronaldo Mota, Presidente do Sindicato de Tatuí, a maioria dos funcionários é
composta por engenheiros, mecânicos de teste, supervisores e técnicos, com
média salarial de R$8 a R$12 mil. Caso mais marcas passem a usar o campo de
provas, a Ford pagaria esses salários em cerca de R$3 a R$4 mil, visto que a
marca dividiria os gastos. Segundo um funcionário ao jornal, “a Ford quer
fechar a unidade de Tatuí e transferi-la a um grupo de ex-diretores, para atuar
como terceirizada a várias outras montadoras. Esse plano contempla a
demissão de 60% dos especialistas de sua unidade de desenvolvimento. Os cortes,
porém, não incluem os benefícios que foram conquistados pelos trabalhadores da
unidade de São Bernardo no programa demissionário. Mas a empresa tem sido
irredutível para negociar isso”. Atualmente o Campo de Provas de Tatuí possui 215
funcionários.
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